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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Problemas da família moderna

Problemas da família moderna - Inúmeros são os problemas que afetam a família moderna. Para fins de estudo, podemos subdividi-los em dois tópicos principais: primeiro, os problemas que afetam os cônjuges; segundo, os problemas de ordem geral.
No primeiro caso, destacam-se:
Diferenças culturais - O termo cultura deve ser compreendido em sua totalidade, para que os problemas sejam bem definidos:
- Costumes - quando os cônjuges são oriundos de países ou povos muito diferentes, com diferenças culturais marcantes, pode surgir embaraço no relacionamento, principalmente na criação dos filhos;
- Educação - quando o nível de cultura, ou seja, de educação entre ambos é muito distante. É quase impraticável um perfeito relacionamento entre um cônjuge analfabeto e o outro com grau superior. Uma diferença desta natureza se torna causa de muito constrangimento entre ambos.
- Desajuste sexual - O casamento envolve naturalmente o sexo. Mesmo sendo natural e um meio para a felicidade conjugal, quando há desajuste, se transforma num dos principais motivos de discórdia. Os principais motivos são:
- Educação - está relacionada diretamente com a cultura peculiar dos cônjuges. O ensinamento legado pelos progenitores, ou pelo meio social onde viviam, influi grandemente no comportamento sexual, principalmente da mulher. Em sociedades mais fechadas, o sexo é considerado impuro, apenas um mal necessário para a procriação. Pessoas ensinadas desta maneira, certamente terão muita dificuldade em liberar seus impulsos.
- Enfermidades - Quando surge qualquer tipo de enfermidade num dos cônjuges, a tendência é pelo arrefecimento dos impulsos sexuais. Se não há compreensão e diálogo de ambas as partes, uma delas poderá se considerar rejeitada e a outra tolhida a praticar um ato para o qual não está disposta. Dependendo da situação, poderão ficar seqüelas permanentes na vida psico-emocional dos cônjuges.
- Conflitos - Os conflitos podem ser causa e conseqüência de problemas conjugais. No relacionamento sexual, são causa quando há desentendimentos e brigas entre o casal, antes do ato sexual; é a conseqüência, quando um dos cônjuges - ou ambos - não encontra satisfação no ato.
- Insatisfação - Se um dos cônjuges não se sente satisfeito no relacionamento conjugal, a tendência é de se ressentir. O ressentimento pode gerar atitudes diversificadas, como: fechar-se, evitar o diálogo, brigar ou procurar fora do matrimônio a satisfação sexual.
- Exigências da vida moderna - A vida moderna, extremamente tumultuada, muitas vezes exige mais do que as pessoas podem dar. Os horários apertados, o trânsito perigoso, a exigência cada vez maior das empresas, a violência nas grandes cidades - que já chegou também às pequenas - somadas a outros fatores igualmente opressores, produzem cansaço físico e mental. Para a vida sexual, estes fatores são negativos, muitas vezes afastando definitivamente os cônjuges.
- Dificuldades financeiras - Estas não são um problema em si mesmas. Mas afetam o relacionamento conjugal, quando um ou ambos os cônjuges não estão preparados para enfrentá-las com maturidade. O desemprego, a falta de recursos, as contas a pagar e as necessidades de sustento diário geram ansiedade. Esta, por sua vez, se não for bem administrada, gera conflitos e desajustes. O nível de ansiedade e conflito, geralmente eqüivale ao nível socio-econômico proporcionado pelo salário anterior. Muitas vezes, os sentimentos não são de ordem prática, mas apenas subjetiva, i.é, estão relacionados à vergonha de enfrentar os amigos ricos, que continuam esbanjando, sem ter condições de acompanhá-los e sustentar o mesmo status anterior. Os conflitos de ordem sexual surgem quando um dos cônjuges:
- Desconfia que o outro não goste de trabalhar;
- Culpa o outro pelo fracasso na área financeira;
- Julga que o outro continua gastando desnecessariamente em supérfluos;
- Acusa de desinteresse em conseguir um novo emprego, ou de ficar escolhendo um tipo de serviço que exija menos esforço.
- Incompatibilidade - O matrimônio, sendo a união de duas pessoas diferentes, oriundas de famílias diferentes, pode apresentar dificuldades de ajuste, principalmente nos primeiros meses após o casamento. Os motivos principais desta incompatibilidade são os seguintes:
- Orgulho pessoal - Caracteriza-se pela competição, pelo desejo de comandar o relacionamento, mesmo que isto resulte em conflito, infelicidade e perigo de separação. O cônjuge orgulhoso não cede e não muda em nada, mesmo naquilo que é reconhecidamente errado. Pelo contrário, sempre pensa que o outro é que deve mudar em tudo, para se adaptar ao seu modo de pensar e agir.
- Objetivos diferenciados - É a negativa de abandono de alvos meramente pessoais, para ceder lugar aos coletivos. Neste caso, não há compreensão de que a vida matrimonial é, no mínimo, a dois e tudo deve se adaptar ao novo sistema.
- Comportamento inadequado - Refere-se ao comportamento vergonhoso, impróprio para o nível do outro cônjuge. Vícios, adultério e outras vulgaridades também estão enquadrados neste tipo de incompatibilidade.
- Violência doméstica - Este fator está entre os principais causadores de separação e divórcio. Geralmente é conseqüência do anterior: a incompatibilidade. A parte mais prejudicada é a mulher, pela sua condição física naturalmente mais frágil. Também influi a condição econômica, quando é o homem que traz o sustento para casa. Neste caso, muitas mulheres sofrem caladas, por temerem represálias mais severas, medo do desamparo ou real incapacidade de enfrentarem a vida sozinhas. As agressões variam entre esporádicas e costumeiras, simples e violentas, algumas levando à mutilação e à morte. As conseqüências são óbvias:
- Medo - o sentimento natural dos fracos e agredidos;
- Insegurança - os cursos dos acontecimentos são incertos;
- Ressentimento - aumenta o sentimento ódio; não há mais amor;
- Frieza - O relacionamento se torna mecânico, apenas de fachada;
- Vingança - havendo oportunidade, retribui o mal de formas diversas;
- Traição - quando alguém acena com um relacionamento melhor;
- Abandono - a atitude natural pela impossibilidade de bem conviver;
- Suicídio - quando não é encontrada outra saída.
Prof. Ricardo A. dos Reis

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