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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CULPA E GRAÇA, SEGUNDO DAVI (SALMOS 32)

1. CULPA E GRAÇA, SEGUNDO DAVI (SALMOS 32)
O Salmo 32 nos toca pelos pontos de contato com a da história do autor (Davi) das nossas experiências com a transgressão. Neste Salmo aprendemos, entre outras verdades,que:
O perdão divino é uma necessidade humana (versos 3-4)
A experiência da falta de perdão é a mais dramática do ser humano.
Nós não podemos conviver com a culpa. Esta realidade é algo tão importante que a Igreja Católica inventou o confessionário e Freud criou o divã... Por isto, precisamos confessar os nossos pecados a Deus.
A não confissão do pecado nos faz adoecer física (consumiram-se os meus ossos), emocional (meu bramido durante todo o dia) e espiritualmente (tua mão pesava sobre mim), tirando-nos a razão de viver (o meu humor se tornou em sequidão de estio - humor é disposição para viver; sequidão de estio é ser como um pingo dágua no asfalto quente; não há como ncontrar alegria, razão de ser, etc.)
O perdão divino é abrangente (versos 5-7)
Deus perdoa todo tipo de erro que cometemos . Não há um tipo sequer de transgressão que Deus não apague das páginas de nossas vidas, seja pecado (o fracasso de não acertar o alvo de Deus para as nossas vidas), seja iniqüidade (o erro decorrente de nossa natureza pecaminosa ou pecado original), seja a transgressão (o delito consciente de ultrapassar o limite estabelecido (como o da velocidade no trânsito). Deus quer perdoar os nossos pecados. Ele é o esconderijo onde podemos depositar os nossos pecados. Quando depositamos nele nossos pecados, ficamos livres da angústia e cantamos poemas de libertação da culpa.
Precisamos aprender a pedir perdão a Deus (versos 8-10)
Há pessoas que se sentem tristes não por terem pecado, mas porque foram apanhadas. Não há arrependimento, mas decepção. 3
Pedir perdão é um estilo de vida, que abre o portão .3Frase adaptada de Neil Anderson. no caminho da felicidade.
Temos dificuldade de pedir perdão porque confessar dói. A aprendizagem da confissão é dolorosa. Depois de sua experiência em que Davi se comportou, segundo suas palavras, com um cavalo, ao demorar a compreender o que se estava passando, ele decidiu aceitar o cabresto e o freio (repreensão para reflexão sobre o erro), mesmo contra a sua natureza (de outra forma não se sujeitarão).
Precisamos aprender que ser perdoado é ser cercado pela misericórdia de Deus.
O perdão divino é algo à nossa disposição.
Precisamos aprender esta realidade e mudar nossas vidas. Se não aprendemos, somos cercado por outra corda: a corda do remorso, a mesmo que enforcou Judas.
A LUTA, SEGUNDO PAULO (Romanos 7.7-25)
Nós sempre nos surpreendemos com a capacidade humana de fazer o mal.
Nós às vezes nos surpreendemos com o fato de fazermos aquilo que não queríamos. Temos princípios e nos vemos, por vezes, quebrando estes princípios.
Ah, que bom: não estamos sozinhos. Temos a companhia do apóstolo Paulo, num texto dramático em que se autodenomina de "homem miserável". Quando lemos Romanos 7.7-25, ficamos logo impressionados e mesmo confusos.
MENTIRAS EXTERNAS
O pecado precede o mandamento.
Esta parece ser uma mentira ingênua, como se fosse apenas uma constatação. Há um pressuposto aqui: se o pecado precede o mandamento, o mandamento é uma ordenação para reprimir e, logo, deve ser repudiado. O pecado é visto como o estado natural e só é pecado porque o mandamento diz que é pecado. Então, o problema não está no pecado, mas no mandamento.
Lendo os textos bíblicos, fica claro que o pecado é uma rebeldia contra o mandamento. O mandamento é bom. O pecado é ruim. O mandamento – destinado a produzir vida (verso 10) - surgiu primeiro. Deus disse ao homem que não comesse da árvore do bem e do mal antes de o homem comer da árvore do bem e do mal.
Assim, não há pecado sem mandamento. Está morto o pecado, se não há mandamento.
Não há mandamento válido.
O grande esforço humano é negar que haja um mandamento válido para todos. Não havendo mandamento, também não haverá pecado. O que se diz é que cada cultura tem seus próprios mandamentos, que não são universais.
Para algumas pessoas, os mandamentos são invenções humanas, atribuídas a Deus, para
aterrorizar pessoas com a intenção de controlá-las.Há até uma música popular brasileira, meio antiga, mas ainda cantada, que ensina que "não existe pecado do lado de baixo do Equador" (Chico Buarque-Ruy Guerra, 1972-1973).
Para outros, cada pessoa sabe o que é melhor para si mesma.Ao contrário, o que a Bíblia afirma e a experiência demonstra "a Lei é santa, e o mandamento é santo,justo e bom" (verso 12) A lei é boa, mas é insuficiente para levar à salvação.
O homem é capaz de produzir seu próprio bem.
Cada vez mais, mesmo contra as evidências, temos ouvido que o ser humano é bom. O que falta é cada um liberar o que há de bom dentro de si. O que falta ao ser humano é encontrar o seu verdadeiro eu, que é honesto e generoso. Por isto, é chocante o que lemos no verso 18. O cristão pode perguntar: "como pode ser isto, se já fui redimido na cruz?". Paulo
mesmo responde: na minha carne, na minha natureza, não há nada de bom. Isto não quer dizer que uma pessoa que não confessou a Jesus como Senhor não possa produzir algo bom; pode.Na verdade, nós fomos vendidos como escravos ao pecado. John Donne (1633) refere-se a si mesmo como tendo sido "contratado para casar" contra o inimigo de Deus, razão por que pede divórcio. 4.4Cf. AZEVEDO, Israel Belo. Academia da alma. Rio
de Janeiro: Convicção, 2007.

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