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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poligamia ou Opção Cultural

Poligamia ou Opção Cultural  -Bigamia, Poligamia-Em Angola

Opção ou Cultura Tradicional
Eu estava no Gabinete de uma Prefeitura, aguardando um documento, quando a porta, foi aberta de forma inesperada, por dois senhores que, pelos vistos eram amigos ou colegas do funcionário-chefe daquele local, por os indicativos de boas maneiras, não terem sido demonstrados.
Após as saudações de praxe, apertos de mão e as perguntas às famílias, os ilustres tomaram o assento do Sofá que estava disposto.
Em seguida a conversa pautou-se nos tempos da Faculdade e dentre os dois, quando eram afinal colegas de certo Departamento de Governo, onde se conheceu a colega
(Fulana) que veio a ser mulher de (Fulano).
-Porém entra o terceiro interlocutor que arrematou de que já não era mais mulher dele, pois esse senhor hoje se equipara ao Sr. Ministro de (X) que tem oito mulheres.
- Mas quantas agora ele tem, perguntou o desconhecedor.
- Ah! Ele deve ter umas quatro.
-Quatro rematou o primeiro. Mas hoje também ter quatro ou cinco, é a mesma coisa que ter Oito. Não muda nada!
- Elas é que vão à Dubai, ao Brasil, à China, Portugal, elas são as que fazem As Candongas-Bisnes, no entanto, não tem problema, “ finalizou”, todo garboso, o que tomara a palavra. 
- Bem gostaria que o moço viesse logo com o documento, que estava sendo preparado num outro Setor, pois aquela conversa estava sendo indigesta para mim.
-Eram três ex-colegas da Faculdade, e agora Funcionários de distintos Departamentos do Governo.
- Eu era o quarto, elemento naquela sala, quando melhor fora se eu fosse surdo que mudo como fiquei, ouvindo, o que me parece ser Opção ou Cultura Tradicional que jorra no sangue dessa nação.
- Que bom era tudo que desejava, o moço chegava com o documento e o Chefe assinou
E de repente, me vi livre de um encontro indigestivo, terrível.
- Certo dia, quando trafegava numa estrada, o que é comum ver-se pessoas, levantando a mão para pedir carona ou Táxi, quatro senhoras, presumo cansadas de muito andar, vendendo seus pertences, para levar o sustento pra casa, sentiram-se aliviadas com suspiro de muito obrigada, Oh! Que canseira, muito calor, e ai que sede. Levar uma garrafa de água mineral em Luanda, é sempre bom para uma hidratação, pois o calor é muito alto, ainda que temos de andar com os vidros fechados, devido a poeira.
- Logo, uma delas pede-me a garrafa para dessedentar o filho de colo, e depois outra e acabou-se.- Elas eram vendedoras, para custear as casas, pois “os maridos”, bem é disso pois  que vou falar. E a  história segue assim.  
- Elas falavam do (Joaquim) que foi levado para cadeia e deram surra nele, por ter deixado a mulher com quem tinha cinco filhos, e sete anos de convivência, pois só agora  é que descobriu de que os filhos, não são seus.
- Polícia bateu nele e  o tratou de imbecil, pois como é só agora é que vem saber depois de sete anos.
- Ah! Espere mas a história não bem assim ele tem outra. Pois eu ouvi isso, pois até acho que pode já estar grávida e, a mulher descobriu e a coisa ficou grave, começou a dizer que os filhos dela não eram dele. - Aié, eu não sabia. Então foi muito bom que apanhou da Polícia.
- Dirigia mudo, até que quebrei o silêncio e perguntei.,
- Por favor, posso perguntar alguma coisa, inquiri e elas concordaram.
Então perguntei. Por favor, uma de cada vez, qual de vocês, não faz objeção em ter um marido com duas mulheres. A Senhora aqui na frente, (a que viajava) do meu lado, muito à vontade disse.
- Cito. Desde que ele trás dinheiro e comida em casa para as crianças, comigo não tem problema.
- Olhei para a segunda, e pedi que desse a sua opinião.
Sem muito pensar.
Ela ta certa. Se trás o dinheiro, comida e a roupa para as crianças, está numa boa.
- Julguei que sairia dois a dois.
-Tinha só mais duas, uma que estava no meio do banco da trás e a última sentada por detrás do motorista, (eu).
- Com toda atenção no volante, falei bem alto, agora é a senhora do meio.
- Uma delas deu uma risada, e todas ficaram mudas como das outras vezes que me sentia mudo.
- Não havendo saído resposta à minha pergunta, quis saber como ela se chamava, e logo a amiga, disse o nome dela.
- Assim eu repetindo o nome, perguntei, com a mesma pergunta.
- O que a senhora, acha dona (F.).
- Ela disse seguramente, eu sou a Outra.
- Três à um, poderia ser o desfecho. Faltava uma, e lá vai a pergunta:
- Agora é a tua vez, não tem mais a quer perguntar. Um sorriso bem alegre antecipou a minha resposta.
- Pai é assim mesmo, eu também já tive o meu marido, mas a outra veio e levou ele de mim, agora se aparecer outro que tem outra, eu vou ter que aceitar. PLACAR 4X0.
Outras pesquisas tenho feito, tanto a homens como a mulheres, e pasmem não há oscilação, mas a tendência sempre recai no favoritismo de Biga ou Poliga (mias).
- Hoje 14 de Novembro, quando vinha do culto, como tenho que percorrer, uns 57 km,nunca falta a mão levantada para a carona.E, como a minha pergunta não me deixa calar, eu estava no meio de um Adventista, do Sétimo dia, dois da Igreja Pentecostal, e o quarto que se disse não freqüentar nenhuma igreja.
- Os três disseram-se contrários, pois de acordo com os princípios da Bíblia, é pecado e pacífico.
- Porém o quarto, que disse não fazer parte de nenhuma igreja, disse que iria responder não como religioso, mas, como homem inserido na sociedade.
- Muito eloqüente, disse.
Desde os tempos passados, não digo somente em Angola, mas, na África, é cultura, o ter-se mais que uma mulher, nossos antepassados, avós e pais, sem generalizar, sempre tiveram isso é demonstração de status quo.
- Hoje os homens que vão à Igreja, sabendo que tem duas ou mais mulheres, eles não vão a busca de Deus, na forma verdadeira, mas por que lhes falta outra ocupação, e seguem os amigos.
- Eles não querem abrir mão da tradição, pois foram  criados assim e acham que podem continuar assim.
- Mas como também já  tem uma igreja que só aceita homens desde que tenha mais de uma ou até cinco, então esses logo, logo, poderão ir para essa. Qual, perguntei muito curioso.
- Resposta, esses que andam com lenço na cabeça e cara tapada.
Está tudo mais que claro!
-   Este quadro que apresenta um paradoxo, diante das realidades Bíblicas, dos ensinamentos de Cristo, precisa ser visto com olhares de preocupação, pois é senão um vale que continuam inundado de ossos secos.
   - A África, e não somente a Angola, já tem uma história de lamento, de Escravidão, de Colonização, de  Pilhação e Exploração, e agora surge um quadro de NEGAÇÃO, onde àquelas que podiam ajudá-la, deixam-na à sua própria sorte, e os que vem, somente por causa de suas riquezas e a torná-la uma Samaria, terra de mestiços e misticismo religioso.
- A abertura de mercado e a exploração de riquezas propiciam oportunidades para as religiões-seitas fazerem seu proselitismo.
 - Será que u Mundo Cristão não pode ver isso. Está distante do alcance.
  Angola e a África, carecem de  um momento de reflexão e de intimidade com Deus e não de propagandas e teologias galopantes que roubam o pouco e esquartejam os nécios de espíritos com seus programas tele enviados, para roubar o nada das pessoas pobres com promessas infundáveis e esdrúxulas.
- Senhor, nós não queremos essa herança.
- A Bíblia nos diz. “ E o homem se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só
carne”
          Suplicamos-te Senhor.
Peleja contra àquelas que pelejam contra mim,
Pega do escudo e da rodela, e levante-te em minha ajuda.
Tira da lança e obstrui o caminho dos que me perseguem, dize a minha alma.
Eu Sou a tua Salvação.
- Levanta homens piedosos e cristãos que visitem Angola, como Paulo visitou à Macedônia, é a minha súplica, por Angola, Senhor!.

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